Santo Hilário nasceu no ano 315, na cidade de Poitiers, França, numa nobre e rica  família pagã. Proprietário de terras, pai de uma filha que adorava, mesmo assim não se sentia feliz. Uma pergunta o inquietava e o perseguia: Qual o sentido da vida? Procurou respostas nas mais variadas correntes filosóficas, mas nenhuma o satisfez.  Essa busca incessante terminou por levá-lo à leitura da Bíblia. Nela ele encontrou a resposta que buscava e converteu-se ao cristianismo, juntamente com sua família.  Santo Hilário de Poitiers foi batizado aos 30 anos. Cinco anos depois, em 350, ele foi aclamado bispo de sua cidade. Sem esquecer a família, assumiu como sua família, a comunidade a ele confiada. Combateu com todo ardor o arianismo, heresia que negava a divindade de Jesus, e por  causa dessas  suas posições, o Imperador Constâncio, que era a favor do arianismo, desterrou-o para a Frígia. No exílio ele aprendeu grego e entrou em contato com a grande produção teológica dos padres orientais, recolhendo farta documentação para seus escritos. Seu livro,  “A Trindade e a Fé”,   onde  ele afirma a divindade de Jesus, lhe valeu o título de Doutor da Igreja.  Combateu com tanta garra o arianismo que foi chamado de “O Atanásio do Ocidente”. De volta do exílio passou a escrever hinos e comentários bíblicos. Colaborou muito com São Martinho de Tours  na evangelização da França. Embora não sendo bispo do Oriente,  participou, a convite, do Concílio de Selêucia, realizado em 359. Apóstolo corajoso, apresentou-se na corte de Constantinopla e entregou ao imperador um documento, no qual dizia: “Passou o tempo de estar calado. Os mercenários fugiram, e o pastor tem de levantar a voz”. Ao mesmo tempo em que se mostrava um ardoroso defensor da fé, era humilde e   humano nas vitórias, mais humano ainda ao receber aqueles que arrependidos voltavam à fé católica.  Santo Hilário morreu em 367, em sua cidade natal.

Para o mundo de hoje,  abundante em falsas doutrinas e  falsos doutores, Santo Hilário de Poitiers, um  homem de fé inquebrantável e profundo amor à Igreja  traz um recado: a  Igreja  não pode se calar  diante das dificuldades e crises, não pode cruzar os braços ante os inimigos internos e externos que a ameaçam. A Igreja de Jesus tem o dever de posicionar-se com coragem e firmeza  na preservação dos valores imutáveis do Evangelho, mas também de não se esquecer que não há pecado sem perdão, porque perdão é a essência de tudo.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

13 DE JANEIRO

SANTO HILÁRIO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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