São Paulo Miki nasceu no Japão, numa família abastada, entre os anos 1564 e 1566. Foi batizado aos cinco anos, juntamente com seus pais. Inicialmente foi catequista e depois entrou para a Companhia de Jesus, ordenando-se sacerdote.  Terminados os estudos, dedicou-se ao ministério da pregação, e através de sua pregação muitas pessoas se converteram ao cristianismo. Ao explodir no Japão a terrível perseguição contra os cristãos, decretada pelo Imperador Taicosama, um inimigo ferrenho da Igreja, que, revoltado com o sucesso das pregações e com as conversões realizadas, decidiu exterminar de vez o cristianismo, Paulo Miki e mais 25 companheiros foram presos e expostos às mais terríveis humilhações. Por ordem do Imperador eles foram conduzidos à cidade de Meaco onde, em praça pública, teve cortada a parte superior da orelha. A seguir foram postos numa carreta que ia de cidade em cidade,  para serem exibidos ao povo que acorria para vê-los. Decidido a anunciar o Evangelho a qualquer custo, Paulo Miki aproveitou a  oportunidade e transformou  a carreta de instrumento de humilhação em púlpito, pregando e convidando cristãos e pagãos à conversão. Em todas as cidades por onde passava, Paulo Miki repetia as pregações com a mesma intrepidez. Dos 26 mártires celebrados hoje, seis eram missionários franciscanos. Três, entre os quais Paulo Miki, eram jesuítas, nascidos no Japão. Dezessete eram catequistas, estando incluídos entre estes,  um menino de 12 anos e dois jovens de 15 anos de idade.  Morreram todos no ano 1597, em Nagasaki, rezando e cantando salmos. As últimas palavras de Paulo Miki foram de perdão e de grande testemunho cristão: “Se aqui cheguei a este grave momento, espero que ninguém tenha dúvidas quanto à minha sinceridade ou pense que estou mentindo. Por isso eu lhes digo: não há outro caminho de salvação a não ser em Jesus Cristo”. Eles ficaram conhecidos como os Mártires do Japão. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados em 1862. 

       Hoje São Paulo Miki e seus companheiros mártires lembram não apenas aos padres, religiosos, religiosas, catequistas, leigos, e leigas, mas a todos aqueles que querem assumir seu batismo e anunciar Jesus Cristo ao mundo que, para que os que ouvem não duvidem da sinceridade e veracidade do que é pregado, é necessário que as palavras sejam acompanhadas do testemunho de vida, pois é esse testemunho que justifica, dá vida e sentido às palavras pronunciadas.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

06 DE FEVEREIRO

SÃO PAULO MIKI E COMPANHEIROS MÁRTIRES

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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