ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

03 DE MARÇO

SÃO MARINO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

SANTO DO DIA (voltar)

São Marino ou São Marinho era um nobre e corajoso oficial do Exército do Império Romano, sediado  em  Cesaréia da Palestina.  Ele viveu num período de relativa paz e tranqüilidade em virtude de uma onda de tolerância para com os cristãos, por conta de um decreto proclamado por Galieno. Esse decreto, contudo, não foi acatado por todos os magistrados e, por causa disso, alguns casos de violência aconteceram. Um desses diz respeito a São Marino. Ele havia sido promovido a centurião e aguardava a cerimônia da entrega do ramo de videira, símbolo do novo cargo que ocuparia no exército imperial, quando uma pessoa, entre as muitas que ambicionavam esse lugar, o denunciou, declarando ao magistrado que, de acordo com as leis do império, São Marino não podia ter acesso às dignidades concedidas por Roma, porque era cristão. O juiz, um certo Aqueu,  irritado com aquele contratempo, mandou chamar  Marino, interrogou-o, e ele sem vacilar, confessou sua fé, declarando:  “Sou cristão”. Mesmo assim o juiz resolveu dar-lhe três horas para ele pensar melhor e se decidir entre oferecer sacrifícios aos ídolos romanos ou morrer por sua fé. Ao sair do Tribunal, Marino encontrou-se com o bispo Teotecno que o acompanhou a uma igreja, animou-o, confortou-o e, por fim, apontou-lhe  uma espada e o evangelho, dizendo que era chegada a hora de ele fazer a escolha definitiva. Marino não hesitou e escolheu Jesus.  O bispo  abençoou-o,  e ele saiu alegre e disposto para o sacrifício. Decorridas as três horas que lhes foram dadas, São Marino  voltou ao tribunal e  proclamou sua fidelidade a Jesus, sendo condenado à morte e imediatamente decapitado. Esses fatos aconteceram por volta do ano 260. Contam que um velho senador de nome Astério, mesmo sabendo dos riscos que corria, envolveu a cabeça  e o corpo de Marino com sua capa  e lhe deu sepultura digna. Essa atitude profundamente cristã, valeu também a Astério, o martírio.

           Hoje como no passado, continua sendo feroz e desleal a disputa por cargos e pelo poder temporal. Tanto quanto naquele tempo, são muitos os que hoje, na ânsia de obter dinheiro e honrarias, não vacilam em denunciar e prejudicar pessoas boas e honestas. Mesmo em nosso mundo onde o dinheiro e o poder são buscados a qualquer preço, São Marino  nos diz  que, em meio às maiores dificuldades e perigos,  não podemos ser incoerentes, mas confirmar  com nossos gestos e ações,  aquilo que proclamamos  com as palavras e vivemos com a vida.

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