João Brébeuf nasceu na França, em 1593. Entrou para a Ordem dos Jesuítas e foi ordenado sacerdote no dia em que completou 29 anos. Três anos depois de ordenado partiu  para o Canadá com mais alguns missionários, a fim de pregar o evangelho aos índios algonquinos dos quais aprendeu a língua  e para os quais escreveu uma gramática e um catecismo. Algum tempo depois foi  viver com os índios da tribo dos Urones, dos quais também aprendeu a língua e para os quais escreveu um catecismo. Escrevem seus biógrafos que ninguém conseguia resistir a seu sorriso constante e cativante,  e que os índios, ao vê-lo,  exclamavam: “Jesus voltou!”.  Era chamado pelos índios de “o homem que carrega os fardos”. São João teve uma vida marcada por muitos sacrifícios, morando  em choupanas, vivendo em condições de extrema pobreza, dividindo casa e comida com os índios. Durante 15 anos viveu entre os uronianos. As grandes dificuldades surgiram, quando os iroqueses, inimigos dos uronianos, invadiram a missão. João Brébeuf e  seus companheiros Antônio Daniel, Carlos Garnier, Isaac Jogues, João Lalande, Natal Chabanel e Renato Goupil  foram capturados e sofreram as mais terríveis humilhações. Amarraram João de Brébeuf num pau,  arrancaram-lhe as unhas, bateram nele de mil maneiras e o submeteram às maiores torturas. Apesar de ser uma pessoa fisicamente forte, os sofrimentos foram tão cruéis que ele resistiu apenas algumas horas. Por fim, admirados de tanta coragem, os índios rasgaram-lhe o peito, arrancaram o coração e o comeram, julgando que desse modo herdariam a bravura e a força daquele homem admirável. São João Brebéuf  foi canonizado no dia 29 de junho de 1931.

      Hoje São João Brébeuf e seus companheiros nos ensinam que para evangelizar,  não basta apenas ter conhecimentos teológicos. Ë preciso ter sensibilidade para chegar ao coração dos irmãos. E chegar ao coração dos irmãos significa ir além dos discursos e das palavras. Significa não apenas ensinar-lhes que Jesus carregou nossos fardos, mas carregar os fardos deles e com eles,  valorizar seus costumes e tradições, falar com eles em sua própria língua, partilhar de suas dificuldades e esperanças. O tom de voz, um sorriso bondoso e paciente, um gesto de solidariedade,  certamente significam muito mais que muitos discursos e palavras. Para chegar ao coração do outro é preciso ter a coragem de dar ao outro seu próprio coração.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

16 DE MARÇO

SÃO JOÃO BRÉBEUF

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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