São Patrício, o “Apóstolo da Irlanda”, nasceu na Inglaterra, numa rica família romanizada, provavelmente entre os anos 385 e 390. Com a idade de 16 anos foi capturado por um grupo de piratas irlandeses, levado para a Irlanda e vendido como escravo a um chefe de clã irlandês. Nesse país ele viveu seis anos, sofrendo fome e nudez e trabalhando como guardador de porcos.  Durante esse período  aprendeu a língua e assimilou os costumes dos habitantes do lugar, mas sobretudo aprendeu a amar, como seu,  aquele  povo. Certo dia,  animado por um sonho que teve, mas sem dinheiro para a passagem, procurou  alguns marinheiros de um navio, contou-lhes sua historia,  e eles, embora pagãos, se comoveram e o transportaram para sua terra. Atendendo à inspiração de uma voz interior que lhe dizia que ele devia levar a fé cristã aos irlandeses, São Patrício atravessou novamente o mar e foi para a França  a fim de estudar teologia sob a orientação de São Germano. Foi ordenado diácono, e depois o próprio São Germano lhe conferiu a sagração episcopal. Durante algum tempo trabalhou em seu país, mas depois, a pedido seu, foi enviado pelo próprio Papa de volta  à Irlanda. Tinha então 50 anos de idade. A história da conversão da Irlanda gira inicialmente em torno das conversões operadas entre os familiares e chefes dos clãs,  que exerciam o poder de modo absoluto  sobre seus grupos. São Patrício fundou mosteiros que se tornaram verdadeiros centros de evangelização e cultura, incentivou e formou um clero local, criou pequenas comunidades e organizou um tipo de pastoral adaptada aos costumes e tradições populares do país. Os irlandeses, tocados  pelo carinho e dedicação  de São Patrício,  converteram-se em grande número. Ao morrer, 30 anos mais tarde, por volta do ano 461, quase toda a Irlanda já se havia convertido.

       Embora de São Patrício até nossos dias mais de 15 séculos se tenham passado, sua experiência missionária  chega até nós com a mesma força e vigor. Com ele aprendemos que o missionário autêntico é transparente, paciente, simples, humilde, compartilha  dos sentimentos e emoções do povo,  não se considera representante de uma cultura superior, mas valoriza e se identifica com a cultura do povo que adota.  O verdadeiro missionário  não procura mudar o povo, mas apenas amá-los em nome de Deus, porque ele   sabe que só o amor muda, só o amor converte.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

17 DE MARÇO

SÃO PATRÍCIO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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