A Igreja celebra hoje a festa da Anunciação do Senhor, isto é, a solenidade do Mistério da Encarnação Redentora do Filho de Deus. A data de 25 de março, nove meses antes do dia 25 de dezembro, não foi escolhida arbitrariamente, mas em função da data do nascimento  de Jesus. Na Idade Média, a solenidade da Anunciação marcava nos países cristãos o início do ano civil. A festa da Anunciação, também chamada Festa da Raiz, começou a ser celebrada no  Oriente antes do ano 446 e no Ocidente, entre os anos 687 e 701. Na Idade Média,  a  França e a Espanha, por causa do jejum quaresmal, a celebravam no dia 18 de dezembro. Nessa solenidade, os primeiros cristãos lembravam as palavras ditas pelo arcanjo Gabriel à Virgem Maria: “Alegre-se, cheia de graça”, e o diálogo entre os dois. O anjo faz a proposta a Maria que conhece bem a Sagrada Escritura e consequentemente  a promessa da vinda de um Messias. Ela ouve o anjo e entende do que se trata. Acredita nas palavras do mensageiro, mas encontra dificuldades para compreender como a proposta será viabilizada, já que é virgem. Por isso pergunta:  ”Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?” Mas o anjo a tranquiliza: “Não tenhas medo. A força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra, e o Filho que vai nascer se chamará Jesus, será grande e será chamado Filho do Altíssimo”. Esse é um momento decisivo para a história da humanidade. Nesse momento  Maria é não somente a mais alta expressão da expectativa de Deus, mas também do povo  que aguardava ansiosamente o Messias que deveria vir para libertá-lo.  Ela era livre para dizer ‘não’. Mas permite que Deus  interrompa  seus sonhos pessoais, coloca-se à sua disposição e diz  ‘sim’, em seu nome pessoal, em nome de todo o povo de Israel, em nome de todas  as pessoas de todos os tempos e lugares. E por causa desse ‘sim’, “o Verbo fez-se carne e habitou entre nós.” É  esse mistério cristão que a Igreja celebra hoje: o mistério de um Deus que se fez um de nós, que veio  para nós, e veio  através de Maria.

          Hoje, Maria que, mais que qualquer outra pessoa ouviu e acolheu a vontade de Deus em sua vida, que  ousou colocar em risco seu casamento,  sua vida e sua honra, que não teve medo de abandonar  seus sonhos e projetos para acolher os sonhos e os projetos de Deus, nos convida a  honrar o ‘sim’ que ela deu a Deus em nosso nome. Em  Nazaré ela disse ao anjo: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Em Caná ela disse  aos servos: “Façam o que ele mandar”.  Para honrar o ‘sim’ que Maria deu a Gabriel,  uma só coisa é necessária: fazer o que Deus quer.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

25 DE MARÇO

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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