São  João Clímaco nasceu na Palestina e viveu na segunda metade do século VI  e  primeira metade do século VII. Apesar de possuir muitos bens, de ter tido uma fina educação e ter pela frente, segundo os moldes humanos, um futuro brilhante, São João Clímaco,  ainda na  adolescência, aos 16 anos,  ingressou em um mosteiro no Monte Sinai, a fim de viver  uma vida simples, austera, voltada para a oração e meditação. Depois de quatro anos se tornou monge. Passou 19 anos de sua vida monástica, sob a direção espiritual de um santo velho chamado Martírio. Quando Martírio morreu, São João Clímaco retirou-se para uma cela solitária, perto do mosteiro   de onde só descia aos sábados e domingos para participar dos atos litúrgicos na companhia dos outros monges.  São João Clímaco vivia do trabalho das próprias mãos. Na sua cela,  muito austera, havia apenas uma grande cruz de madeira, uma mesa e um banco que lhe servia de cama. Suas únicas riquezas eram as Sagradas Escrituras e as obras dos Padres da Igreja, especialmente as de São Gregório Magno. Por obediência,  passou a escrever  as experiências de suas meditações sobre a prática das virtudes cristãs. Esses escritos que revelam uma grande influência na sua vida das obras de São Gregório,  deram origem ao livro “Escada do Paraíso” que  trata do caminho da perfeição, da busca da união com Deus e é um dos mais lidos no gênero. Por sua vez, o livro deu origem ao nome com que ficou conhecido – João Clímaco - já que ao nome  João, que lhe foi dado ao nascer, ele juntou o sobrenome Clímaco, palavra que vem do grego “climax” e que significa escada. Apesar de buscar a solidão, a fama de sua santidade e erudição,  espalhou-se, e muitas pessoas iam procurá-lo em busca de conselhos e orientação. Quando o abade do Mosteiro faleceu, após insistentes apelos ele  aceitou o cargo, desempenhando-o com sabedoria, bondade e vida exemplar. Não esteve isento de ciúmes  e calúnias, sendo até acusado de charlatão.  A essas atitudes, porém,  ele respondia com gestos de penitência, modéstia e brandura. João Clímaco morreu no ano 649, com a mesma simplicidade com que vivera.

          No mundo de hoje onde as pessoas usam de todos os meios, inclusive  ilícitos,  para chegar ao topo, São João Clímaco nos lembra que a única escada que merece ser subida, é a escada que conduz  a Deus e ao próximo.  Mas para isso  precisamos estar dispostos a transpor, um a um,  os  degraus da oração, do despojamento, da renúncia, da obediência, da caridade,  da solidariedade e da justiça.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

30 DE MARÇO

SÃO JOÃO CLÍMACO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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