São Bernardino nasceu perto de Sena, Itália, em 1380. De família nobre e influente, muito cedo perdeu os pais e foi confiado aos cuidados de uma tia, mulher de sólidas virtudes. Freqüentou a Universidade de Sena  e tinha cerca de 22 anos, quando entrou para a Ordem Franciscana. Ordenado sacerdote, percorreu toda a Itália, pregando o Evangelho e propagando a devoção ao Santíssimo Nome de Jesus, simbolizada pela sigla JHS, conhecida hoje por todos os católicos e que quer dizer Jesus, Salvador dos Homens. São Bernardino era um homem de baixa estatura física, mas grande na mansidão e na bondade. De saúde muito precária, andava sempre acompanhado pelo Irmão Vicente, seu enfermeiro e amigo. Sua espiritualidade pode ser resumida na seguinte frase: “Cristo é o centro de toda a vida cristã”. São Bernardino viveu num tempo, marcado por calamidades que atingiram a Europa, trazendo destruição e morte. Nessas ocasiões, ele e seus companheiros se mostraram incansáveis, percorrendo as ruas de Sena  e socorrendo as vítimas. Foi um dos três pregadores mais famosos da Europa no século XV. Seus sermões eram muito apreciados e não raro levavam os ouvintes à reflexão e conversão. Mas suas pregações francas e evangélicas lhe trouxeram inimigos, e ele foi acusado de pregar doutrinas heréticas.  Três vezes quiseram fazê-lo bispo e três vezes ele recusou, alegando esperar fazer maior bem ao povo no apostolado da pregação. Inventou um método graças ao qual seus discípulos taquigrafavam seus discursos, e assim eles chegaram até nós. Neles São  Bernardino condena a avareza  dos novos ricos, dos mercadores e dos banqueiros. Tinha palavras duríssimas para quem colocava as coisas do mundo acima das coisas de Deus. Os temas mais freqüentes de seus discursos eram a caridade, a humildade, a concórdia e a justiça. São Bernardino morreu  em Áquila, em 1444 e em 1450, apenas seis anos após sua morte,  foi canonizado. Seu túmulo se encontra na igreja dos franciscanos, em Áquila.

No mundo de hoje, pródigo em avareza, ganância e corrupção, as  pregações  de São Bernardino continuam atualíssimas. “As feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres” , como ele chamava aqueles que exploravam o povo, continuam em nosso tempo, representados por aqueles cuja rudeza de coração não poupa os mais fracos e pobres, pelos empresários, políticos e dirigentes inescrupulosos que priorizam o mercado e o lucro e não fazem do ser humano o centro das decisões.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

20 DE MAIO

SÃO BERNARDINO DE SENA

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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