São Gregório VII nasceu em 1028, na Toscana, Itália, de família humilde, com o nome de Hildebrando de Soana. Iniciou a vida monástica no célebre mosteiro de Cluny. Colaborou com os Papas Alexandre II e com Leão IX que o nomeou abade do mosteiro de São Paulo. Foi aclamado Papa pelo próprio povo, por ocasião dos funerais de seu antecessor. Governou a Igreja numa época crítica, em que ela  vivia sob a dependência do poder temporal,  e  os padres eram obrigados a prestar juramento de fidelidade ao rei e príncipes. Como o clero, especialmente o da Alemanha, França e Itália, estava subordinado ao poder secular,  os reis e nobres exerciam o direito de nomear para cargos na Igreja, abades,  bispos, e até pontífices. Gregório VII iniciou seu pontificado com muita energia. Combateu a intromissão do poder civil nas decisões da Igreja, os abusos praticados pela Igreja e pelo Governo, lutou pela restauração da disciplina eclesiástica e combateu a simonia, isto é, a venda de objetos sagrados e benefícios espirituais. Em carta ao seu amigo Hugo, abade do mosteiro de Cluny, ele fala de sua tristeza por ver a Igreja Oriental  se afastando da fé, e  os bispos da Igreja Ocidental dirigindo o povo não por amor a Jesus Cristo, mas por pura ambição secular. Suas posições claras e firmes desgostaram a muitos, e ele foi alvo de perseguições e calúnias. Foram 12 anos de luta contínua  e de muita dedicação e zelo para que a Igreja voltasse a conquistar sua liberdade e autonomia. Para alcançar esse objetivo,  Gregório VII não se deixava intimidar pelos reis e imperadores de seu tempo, chegando a excomungar Henrique IV, filho e sucessor de seu amigo, Henrique III. Perseguido, abandonado pelos próprios cardeais, refugiou-se no Castelo Santo Ângelo de onde foi libertado pelo duque normando, Roberto de Guiscardo. Mais tarde, exilou-se voluntariamente em Salermo onde morreu, em cinco de maio de 1086, pronunciando essas palavras: “Amei a justiça e odiei a iniquidade. Por isso morro no exílio”. Foi sepultado na catedral de Salermo e canonizado em 1606.

Hoje como no passado, aqueles que, como Gregório VII, questionam e incomodam os interesses das classes dominantes,  que não se dobram ante o poder que se alimenta da mentira, do engodo e da força, continuam sendo caluniados e perseguidos. Mesmo assim, a exemplo de São Gregório VII, nenhum batizado tem o direito de desanimar e desistir, porque faz parte de sua missão profética odiar e denunciar a iniquidade e amar e promover a justiça.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

25 DE MAIO

SÃO GREGÓRIO VII

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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