São Germano de Paris nasceu no ano 496, próximo à cidade de Autun, França. Segundo seu amigo, Venâncio Fortunato, ele teve um início de vida muito atribulado. Sua  mãe tentou abortá-lo, e mais tarde uma tia tentou envenená-lo, mas teve os planos frustrados graças ao engano da criada que em vez de dar a Germano o copo de vinho com veneno deu-o a Estratídio, seu primo e filho da mandante do crime. São Germano estudou durante alguns anos em casa de um parente e, em 531 foi ordenado sacerdote. Devia ter pouco mais de 40 anos quando foi nomeado abade do mosteiro de São Sinforiano de Autun cujos monges seguiam  a regra de São Basílio. Para alguns  São Germano tinha um grave defeito: era austero demais consigo  mesmo e exigia que os outros  o fossem na mesma medida. Foi essa austeridade, que não admitia esbanjamentos e desperdícios, que levou os monges de São Sinforiano a se livrarem dele, inconformados com a austeridade que ele tentou imprimir na vida monástica. No ano 555, São Germano foi nomeado bispo de Paris. Extremamente caridoso  e pródigo em esmolas, para que os pobres não ficassem nus e expostos ao frio, dividia com eles suas vestes, contentando-se com uma única túnica.  Foi um dos homens mais influentes de seu tempo, chegando a dar nome a um bairro inteiro na capital francesa. São Germano libertou muitos cativos, e embora tenha se esforçado muito, não conseguiu dar um término às guerras civis e à depravação reinante entre os príncipes  e reis francos que, embora fossem batizados, não agiam como cristãos, mas quase como selvagens. Teve a alegria de poder ajudar   Santa Radegunda a sair da Corte e construir um mosteiro em Poitiers onde ela viveu e terminou seus dias. São Germano fundou em Paris a Abadia de São Vicente. Quando faleceu, no dia 28 de maio de 576 foi enterrado na igreja desse mosteiro que mais tarde, em sua homenagem, recebeu o nome de Saint-Germain-Des-Prés.

Para o mundo de hoje, perito em desperdícios, em criar pseudo-necessidades e idolatrar riquezas, São Germano, um homem que, como poucos, soube viver a virtude da austeridade, traz uma mensagem:  o ser humano jamais vai poder exprimir-se em toda a riqueza de seu ser e entregar-se totalmente a Deus e ao irmão, se não for capaz de despojar-se, de renunciar ao desejo  de ter e acumular, se não for capaz de contentar-se com o apenas necessário.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

28 DE MAIO

SÃO GERMANO DE PARIS

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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