Carlos Lwanga e seus 21 companheiros mártires nasceram em Uganda. Africanos autênticos, tanto pela cor, como pela raça e cultura, viveram numa época em que sua pátria se encontrava sob o domínio de  Mwanga, rei de Buganda,  uma região situada no coração da África. Apesar de só haver sido encontrada documentação referente a 22 santos, sabe-se que eles eram mais de cem, muitos deles jovens e recém-batizados. No início os padres de língua francesa que chegaram à África, foram tão bem acolhidos pelo rei  Mutesa, que alguns cristãos chegaram até a  ocupar cargos de importância e responsabilidade no reino.  Tempos depois, porém,  conjurações, traições e alianças entre os que disputavam o poder  acabaram  por atingir e envolver os cristãos  que terminaram sendo perseguidos e mortos. Carlos Lwanga fazia parte da corte do rei. Era o chefe dos pajens. Numa certa manhã, recebeu do rei uma estranha ordem: “Todos aqueles, entre vocês, que não têm intenção de rezar, podem ficar aqui, ao lado do trono. Aqueles, porém, que querem rezar, reunam-se contra aquele muro”.  Carlos Lwanga foi o primeiro a se mover do lugar e, após ele, os demais.  Mas vocês rezam de verdade?” perguntou o rei. “Sim, meu senhor, nós rezamos realmente”, respondeu Carlos em nome de todos. “E querem continuar rezando?” perguntou o rei. “Sim meu senhor, até a morte”. “Então matem-nos”,  decidiu bruscamente o rei.  Em Mwanga rezar era sinônimo de ser cristão, e ser cristão era absolutamente proibido, uma vez que os princípios cristãos não correspondiam aos costumes ancestrais do povo. Carlos Lwanga foi o primeiro a ser assassinado, sendo queimado lentamente, a começar pelos pés. Os outros também foram mortos, após terem sido submetidos às mais cruéis e variadas torturas. Esses fatos se deram entre os anos 1885 e 1887. Em 1964 eles foram canonizados pelo Papa Paulo VI como os primeiros santos do continente africano.

Hoje São Carlos Lwanga  e seus companheiros mártires que preferiram morrer a se verem proibidos de rezar, lembram  a todos aqueles que parecem não encontrar tempo para a oração, que os métodos de evangelização variam de acordo com o tempo, as circunstâncias, a época e,  sobretudo a cultura do povo, mas que há algo que é indispensável, a qualquer evangelização:  a  oração. A oração é a viga mestra, a  mola propulsora de toda missão evangelizadora, vez que a única coisa que está fora de seu alcance, é o que está fora da vontade de Deus.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

03 DE JUNHO

SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS MÁRTIRES

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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