São Vito, um dos santos mais populares da Idade Média, nasceu na Sicília e foi instruído secretamente na fé cristã, por um mestre de nome Modesto. Ao descobrir o fato, seu pai, temendo que a notícia da conversão do filho ao cristianismo  viesse  a público, tentou de todos os modos convencê-lo a abandonar aquela  religião que, segundo ele, era uma loucura, porque totalmente contrária  às leis do Estado. Víto não aceitou esconder sua fé do mundo, e um dia aconteceu o que o pai temia:  foi preso e levado ao tribunal. Embora o pai lhe suplicasse renegar a fé cristã, já que essa era a condição para salvar a própria pele, Vito permaneceu firme, mesmo após ter sido  barbaramente açoitado e  flagelado. Ao ser posto em liberdade  saiu da Sicília, juntamente com Modesto, e por algum tempo os dois viveram como eremitas. Mudaram-se depois para Roma,  e nesta cidade  foram presos pelos agentes do imperador Diocleciano. Sofreram fome e açoites e, por último, foram condenados às feras. A vida de São Vito está cercada por tantas lendas e  fatos extraordinários que fica difícil distinguir o que existe de histórico e o que é exagero.   Dizem as atas de seu martírio que, quando os tigres e leões foram lançados contra eles, eles fizeram o sinal da cruz, as feras se acalmaram, e uma mulher chamada Crescência que presenciava a cena,  converteu-se e começou a gritar que acreditava no Deus de Vito e de Modesto.  O que parece verdadeiro é que Vito e Modesto foram realmente presos e sofreram o martírio no dia 15 de junho do ano 300. Suas relíquias chegaram à Alemanha em 836 e a ele foi dedicado um santuário em Dresselhausen. Quando no século XIV uma epidemia de coréia se abateu sobre a Alemanha e a Holanda, de toda a parte o povo correu em direção ao santuário dedicado a São Vito, pedindo sua proteção.  Ele é  invocado  contra a doença nervosa chamada "coréia", também conhecida como "Doença de São Guido" e "Dança de São Vito”. Seu culto é muito difundido  na Itália.

 Hoje, tanto quanto no passado, a fidelidade continua sendo  uma virtude não muito apreciada, e o compromisso com o Ressuscitado continua sendo  visto, pelos  que a ele se opõem, como coisa de  visionários e loucos. Mas hoje São Vito,  que permaneceu fiel a Jesus e testemunhou-o diante do poder constituído de Roma,  nos diz que vale a pena enfrentar  as feras da incompreensão e da perseguição dos pensam que só pode ser loucura uma religião que prega a solidariedade, a justiça, o perdão.  Vale a  pena, sim,   ser cristão.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

15 DE JUNHO

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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