Hoje celebramos a festa de Nossa Senhora sob o título de nossa Senhora do  Perpétuo Socorro. A devoção chegou ao Brasil no final do século XIX,  trazida pelos redentoristas que aqui se estabeleceram, em 1893. Graças ao zelo dos missionários redentoristas logo a devoção se expandiu e alcançou enorme popularidade. O quadro histórico apresenta  uma figura bizantina sobre madeira dourada, representando a Virgem Maria a meio corpo, vestida com uma túnica vermelha e tendo um manto escuro,  cobrindo-lhe a cabeça. O Menino Jesus, sentado em seu braço esquerdo, olha assustado para os pregos e a cruz, instrumentos da paixão que lhe são apresentados pelos anjos São Miguel e São Gabriel. Suas mãozinhas apertam a mão de Maria, como a pedir-lhe proteção, e com o movimento de medo a sandália do pé esquerdo se desamarra. Maria abriga-o com ternura e Jesus se sente seguro nos braços da mãe. Ambos têm uma auréola em volta da cabeça e usam uma coroa. Na parte superior  estão algumas letras do alfabeto grego, o que demonstra, segundo os entendidos, que o pintor do quadro era grego. De acordo com a tradição, o quadro foi trazido da ilha de Creta  por um rico negociante e a partir  de 1499 Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser venerada na igreja de São Mateus, em Roma, e ali permaneceu durante três séculos. Em 1812 o velho santuário foi demolido, o quadro foi colocado num oratório dos padres agostinianos, longe dos olhares dos devotos, onde ficou perdido durante muitos anos. No ano de 1866, os missionários redentoristas se estabeleceram no antigo Convento dos agostinianos e um dos religiosos encontrou documentos referentes à imagem. Após intensa procura a encontraram e obtiveram do Papa Pio IX o quadro que foi colocado na igreja dedicada a Santo Afonso de Ligório, em Roma. Junto com o quadro, os missionários redentoristas receberam do Papa  uma incumbência: "Fazei com que todo mundo conheça o Perpétuo Socorro". E essa é uma missão que os missionários da Congregação do Santíssimo Redentor realizam até hoje, com muito entusiasmo e  devoção.

           Assim como há vinte séculos nada pôde separar Maria de seu Filho e ela permaneceu firme, de pé, ao lado da cruz, ninguém pode hoje  separar Maria daqueles que ela, na cruz,  recebeu como filhos  e filhas dos lábios do próprio Jesus. Para todos os que vivem assustados diante das cruzes  da injustiça e dos  cravos da violência fabricados pelo egoísmo humano, Maria é presença materna,  amparo seguro e  socorro perpétuo.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

27 DE JUNHO

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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