Santo Irineu  nasceu em Esmirna, na Ásia Menor, por volta do ano 130.  Foi discípulo de São Policarpo que, por sua vez, havia sido discípulo de São João apóstolo. Viveu numa época em que as heresias dilaceravam a Igreja e ameaçavam sua unidade. A favor  dessa unidade, Santo Irineu deu o melhor de si. Suas argumentações contra as heresias, apesar de polêmicas, eram feitas com caridade e alimentadas na oração. O nome Irineu vem do grego e significa pacífico, pacificador. E foi isso de fato o que ele foi na vida: um pacificador  que procurava, por todos os meios,  salvaguardar a caridade e a tolerância. Ele foi apresentado ao Papa pelos cristãos da Gália  que o admiravam muito e o chamavam de “Zelador do Testamento de Cristo”. Foi ele que aconselhou o Papa Vítor a não excomungar os dissidentes das Igrejas na Ásia que se negavam a celebrar a páscoa na mesma data que as outras comunidades cristãs. "Não há Deus sem bondade", dizia ele. Santo Irineu foi o escritor cristão mais importante do século II. Sua obra, formada por cinco livros e intitulada "Contra os Hereges”, revela um pastor zeloso, um teólogo equilibrado que soube penetrar profundamente no mistério da Encarnação de Jesus. Santo Irineu escreveu também um pequeno  livro intitulado  "Demonstração da pregação apostólica". Esse livro esteve perdido durante muito tempo, mas em 1904 foi encontrado traduzido na língua armênia. Santo Irineu foi bispo de Lião e governou essa igreja até a data de sua morte, no ano 200. Seu campo de atuação foi muito vasto já que existia somente ele de bispo, nas Gálias e nas terras que faziam fronteira com a Alemanha. Grego de nascimento,  para anunciar a boa nova do Evangelho, aprendeu as línguas dos povos a serem evangelizados. Embora não se possa dizer com certeza, há no martirológio jeronimiano indicação de que ele morreu como mártir,  e é como mártir que a Igreja o venera.

           Hoje nesse nosso mundo dilacerado pelas modernas heresias e falsas doutrinas, Santo Irineu, que combateu com energia incomum as heresias e os erros doutrinários de seu tempo,  mas tratou com caridade e tolerância os hereges, nos lembra que “não há Deus sem bondade”  nem  verdade sem amor.  Para Jesus, o amor a Deus e ao irmão constituem uma unidade indissolúvel. Só quem ama a Deus  com total entrega é capaz de perdoar, de acolher quem o agrediu,  e de dar, a si mesmo  e a quem o magoou, a chance de ser novamente feliz.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

28 DE JUNHO

SANTO IRINEU

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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