Roberto Belarmino nasceu na Itália em 1542, numa rica e numerosa família da Toscana. Em 1560, aos 18 anos, ingressou na Companhia de Jesus.  Grande teólogo, excelente pegador, foi um verdadeiro professor e, mais que professor, um mestre admirável.  Exerceu a função de superior dos jesuítas, arcebispo de Milão  e professor da Universidade Gregoriana que na época se chamava Colégio Romano.  Teve como aluno o futuro santo São Luís Gonzaga. Em 1599 foi eleito cardeal e arcebispo de Cápua. A cada uma dessas funções,  ele se entregou de corpo e alma, mas sem jamais deixar de ser em todos os momentos, uma pessoa extremamente simples. Como superior dos jesuítas, era como um pai e, na prestação de contas do responsável pelas despesas, o que mais o interessava era quanto se havia gasto com os pobres.  Nada e nenhum compromisso o afastava da oração. Gostava muito de rezar os salmos, vivia uma  vida de profunda intimidade com Deus e tinha um olhar atento para  os problemas que afligiam as pessoas. E por isso certamente soube, como poucos, amar  Deus nos homens  e os homens por causa de Deus. Escritor, deixou muitos livros, entre os quais um catecismo  que chegou a ser traduzido em mais de 50 línguas  e alcançou 400  edições. Deixou também um livro bem original intitulado “A arte de bem morrer”.  Foi um dos homens mais brilhantes de seu tempo, mas  também um dos mais combatidos e polêmicos. São Roberto Belarmino amou muito a Igreja. Jamais se comportou como um adulador servil, mas porque via no Papa o Vigário da Igreja de Cristo, os ataques a ele repercutiam dolorosamente em seu coração. Por haver colocado seus vastos conhecimentos em defesa do Papa  e em favor da doutrina católica proclamada no Concílio de Trento, foi chamado de ‘O Martelo dos Hereges”. Ele morreu no dia 17 de setembro de 1621. Seu processo de canonização durou três séculos. Em 1930 ele foi declarado bem aventurado, santo e doutor da Igreja.

Hoje São Roberto Belarmino, um homem sempre atento às necessidades que afligiam as pessoas, nos fala sobre a importância do olhar. O Evangelho  é rico dos olhares de Jesus. Ele olhou para o jovem rico, para Pedro, para o cego, para a multidão faminta, para a cidade de Jerusalém, e a todos  ofereceu a salvação.  Ser santo ter a coragem de olhar menos para si e mais para o irmão e para o mundo, é ter sensibilidade para perceber a aflição e a dor  em que eles vivem e oferecer-lhes uma resposta de fraternidade, justiça e esperança.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

17 DE SETEMBRO

SÃO ROBERTO BELARMINO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

SANTO DO DIA (voltar)