De acordo com o historiador palestino, Egesipo, Cléopas  era irmão de São José e casado com Maria de Cléopas, uma das mulheres que ficaram ao lado de Nossa Senhora durante os acontecimentos da  paixão de Jesus. Segundo ainda esse historiador, três dos filhos de Cléopas pertenciam ao grupo dos Doze Apóstolos: Tiago Menor, Judas e Simão. São esses três que, em virtude da pobreza de vocabulário da língua semita, são nomeados como irmãos de Jesus, quando na realidade são seus primos. Segundo São Jerônimo, Cléopas era natural de Emaús e foi, no caminho para essa cidade, que ele encontrou Jesus. Após a caminhada, e apesar de cansado e desanimado, Cléopas convidou Jesus para comer e descansar em sua casa. Mas foi somente na hora da refeição, ao partir do pão, que ele reconheceu em  Jesus  o viajante anônimo que havia caminhado com ele na estrada. Segundo ainda São Jerônimo, Cléopas morreu em Emaús, trucidado por seus conterrâneos que não aceitavam sua fé na Ressurreição, nem seu zelo pelo cristianismo. No século IV a casa de Cléopas foi transformada numa igreja. O Livro dos Mártires confirmou seu martírio acontecido pelas mãos dos judeus e também sua festa em nossos dias.

 Hoje a Igreja celebra também a memória de São Firmino. Ele era natural de Pamplona, Espanha e viveu no século IV. Filho de um senador, foi convertido ao cristianismo por São Saturnino, e teve como mestre um sacerdote de nome Honesto. Excelente pregador, evangelizou a Aquitânia, Alvérnia e Agenais e depois foi nomeado o primeiro bispo de  Amiens, onde era feroz a perseguição aos cristãos. Em  Amiens, São Firmino  alcançou tantas conversões, que os governadores Lôngulo e Sebastião, irritados,  mandaram prendê-lo e trancá-lo no cárcere onde foi discretamente assassinado. Como era muito querido pelo povo, seus assassinos, com receio de um levante popular,  tiveram o cuidado de espalhar a notícia de que ele havia morrido de morte natural. Os fatos referentes à vida de São Firmino estão escritos na fachada norte da Catedral de Amiens.   

Firmino e Cléopas, duas pessoas que viveram em épocas diferentes, se reúnem hoje para nos dar uma mesma mensagem:  O mesmo  Jesus caminhou com Cléopas na estrada de Emaús  e com ele partilhou o pão, é o mesmo que esteve ao lado de Firmino e o sustentou nos difíceis tempos de perseguição e prisão,  é  mesmo que caminha hoje conosco. Nossa caminhada nesse mundo não é uma caminhada solitária  porque nosso Deus não é um Deus que veio, mas que vem. Ele é  Emanuel, o Deus-Conosco.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

25 DE SETEMBRO

SÃO CLÉOPAS E SÃO FIRMINO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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