Cosme e Damião nasceram na Arábia. Segundo uma lenda  eram irmãos. Pertenciam a uma ilustre família, foram educados pela mãe Teodora e se formaram em medicina , na Síria. Os gregos os chamavam de “anargiros”, palavra que significa “sem dinheiro”, porque  eram bastante desprendidos e caridosos para com os pobres e necessitados. Como médicos procuravam curar não somente o corpo, mas também a alma dos doentes. Diziam: Curamos as doenças, sim, porém mais em nome de Cristo que da ciência. Por serem muito procurados  e aproveitarem a profissão de médicos para anunciar Jesus Cristo, foram denunciados, acusados de feitiçaria e levados aos tribunais. Nas atas referentes ao martírio dos dois santos, os fatos verdadeiros se misturam com os lendários. Segundo as atas eles sofreram o martírio por ocasião da perseguição do imperador Diocleciano. Foram primeiramente presos, acorrentados e lançados ao mar, em seguida jogados no fogo e por fim, crucificados. Como tivessem saído sãos e salvos de todas essa torturas foram finalmente decapitados.. Embora não se possa precisar a data, tudo indica que foram martirizados no início do século IV, provavelmente no ano 303.  É possível, mas não há provas concretas, de que tenham sido gêmeos. Talvez por estarem tão unidos pela profissão, pelo amor a Deus, pela prática da caridade e pela coragem de enfrentar as perseguições e a morte, a tradição terminou por colocá-los como irmãos gêmeos. Por causa da profissão que exerceram foram escolhidos como patronos dos médicos, cirurgiões e farmacêuticos. A festa no dia de hoje tem a ver com a dedicação de uma basílica construída  pelo Papa Félix IV, em honra dos dois santos.

Para o mundo de hoje, onde as vagas nos hospitais, os exames específicos e a aquisição de remédios são inacessíveis à maioria da população,  onde a política de saúde não é artigo de primeira necessidade, e onde ao lado de médicos abnegados, apesar de mal remunerados, há alguns ainda que fazem da arte de curar a arte de explorar, São Cosme e São Damião têm uma mensagem:  precisamos lutar por Universidades mais bem aparelhadas, por hospitais dignos e ambulatórios com vagas para os mais pobres, mas sobretudo precisamos – e o povo clama por isso – de profissionais humanos que vejam o doente não apenas como um paciente a mais ou  número no prontuário, mas como um ser humano, e não lhe negue aquilo que é talvez para ele   o mais eficaz de todos os remédios: atenção,  carinho, respeito, confiança e esperança.  

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

26 DE SETEMBRO

SÃO COSME E SÃO DAMIÃO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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