Entre os santos cujas memórias a Igreja celebra hoje, estão São Simeão e Santa Thaís.  São Simeão é o velho profeta  que  acolheu Jesus no Templo,  reconheceu-o como o Messias prometido e, na ocasião entoou o  Benedictus,  o tradicional e belíssimo canto que todos nós cristãos conhecemos, através do qual ele louva o Senhor, pelo privilégio que teve antes de morrer: seus velhos olhos puderam contemplar o Messias mandado por Deus para libertar o povo de Israel  e ser a salvação e a luz para todas as nações.

 Santa Thais era uma prostituta  egípcia de alto luxo que viveu no século IV e foi convertida ao cristianismo por um monge de nome Pafúncio. Após o encontro com o monge, Thais reformulou radicalmente sua vida. Passou três anos isolada numa cela, orando,  meditando e fazendo penitência. Passado esse tempo, juntou-se às religiosas num mosteiro, mas 15 dias depois faleceu. Dizem que suas orações consistiam quase que exclusivamente  em repetir, sem cessar, essa frase: “Vós que me criastes, tende compaixão de mim.”  

Do século I e IV passamos  para o século XX e, ao lado de São Simeão e Santa Thaís, encontramos um homem que embora não conste  da lista oficial dos santos, foi um santo, na medida em que  entregou sua vida a Jesus e à causa de seu Reino. Trata-se de Nestor Paz Zamora, filho de um general boliviano. Inicialmente  ele pensou em ser médico, mas depois decidiu  viver junto ao povo pobre da Bolívia, mesmo tendo consciência que tal opção poderia lhe trazer a morte. Seminarista, pertencia às comunidades do Padre de Foulcauld. Era um cristão altamente comprometido  com a evangelização e libertação de  seu povo. Zamora morreu assassinado na Bolívia, no dia 8 de outubro de 1970.

Os santos que celebramos hoje nos lembram que todas as pessoas, sem exceção de uma sequer, são chamadas à santidade. Não importa se elas  são idosas, jovens, prostituas, catequistas, seminaristas  ou simples operárias. O que importa é que  no seu tempo e circunstância, de seu jeito e a seu modo, nas grandes ocasiões ou no cotidiano da vida, apesar de suas fragilidades e fraquezas,  tenham a coragem de aderir à pessoa de Jesus  e  assumir um compromisso radical com a mensagem libertadora do Evangelho. Mas embora santidade pressuponha resposta livre e generosa à graça de Deus, ninguém nasce santo e ninguém é santo unicamente pelo próprio mérito. Só Deus, O Santo, pode fazer-nos  santos

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

08 DE OUTUBRO

SÃO SIMEÃO E SANTA THAÍS E NESTOR PAZ ZAMORRA

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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