Eduardo III,  rei dos anglo-saxões, conhecido como “O Piedoso”, nasceu na Inglaterra, no ano 1003. Filho de Etereldo e de Ema, era neto, pelo lado materno,  de Ricardo, Duque da Normandia.  Cedo conheceu o exílio, pois assim que nasceu foi levado para a Normandia com toda a família, a fim de escapar da fúria dos dinamarqueses que ameaçavam invadir a Inglaterra. Desde menino mostrou um grande amor à virtude e aversão ao pecado.  Após  a morte do pai e o assassinato dos dois irmãos, ele tornou-se herdeiro único do trono. Quando um dia lhe disseram, na Corte, que ele só chegaria ao trono, abrindo caminho com uma espada, ele retrucou que nunca poria uma coroa na cabeça  à custa de  uma só gota de sangue. Quando a paz voltou, e um ano antes de ser coroado rei, ele se casou com  Edith, mulher bondosa e culta com quem viveu em plena harmonia. Eduardo reinou na Inglaterra de 1043 a 1066, deixando uma fortíssima lembrança no meio do povo. Afastou o perigo de invasões estrangeiras, administrou os bens públicos com muita sabedoria e honestidade, aliviou a nação dos pesados impostos, construiu e  restaurou igrejas que haviam sido saqueadas e conseguiu, principalmente através de seu exemplo de vida,  restaurar o espírito cristão no meio do povo. Nunca teve um gesto de ira, revolta ou   prepotência, seja na vida particular, seja na pública e nunca levantou a voz nem para o mais humilde dos súditos. Era justo, compreensivo e magnânimo, conquistando  o coração de todos por sua doçura e afabilidade. Sua ardente caridade para com os mais pobres e necessitados lhe valeu o título de  Tutor dos Órfãos e Pai dos Pobres.  Morreu aos 63 anos de idade, amado por todos e em especial pelos mais simples. Logo após sua morte, devotas peregrinações começaram a ser feitas a seu túmulo, e 36  anos depois, seu corpo foi achado intato. Santo Eduardo foi canonizado por Alexandre III em 1161.

Hoje a vida de Santo Eduardo, um  rei  que amou muito seu povo e foi por ele amado, deveria servir de inspiração para todos os que reinam, governam ou exercem qualquer tipo de poder. De fato, há governantes que jamais sairão da memória do povo por causa dos sucessos políticos que tiveram ou  pelas obras grandiosas que construíram. Entretanto só serão amados  e ficarão não apenas na memória, mas também no coração do povo, os governantes bondosos, magnânimos e justos. E bem mais importante que ser lembrado é, com certeza, ser amado.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

13 DE OUTUBRO

SANTO EDUARDO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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