Frei Antônio de Sant’Ana Galvão nasceu em Guaratinguetá, São Paulo,  em 1739, numa família de muitas posses. Aos  13 anos de idade foi  para a Bahia para estudar no colégio dos jesuítas onde passou seis anos.   Em 1758, ele  retornou a São Paulo e, em 1760,  aos 21 anos,   ingressou como noviço no Convento de São Boaventura de Macacu, na Ordem Franciscana do Rio de Janeiro. Dois  anos depois, em  11 de julho  de 1762,  foi ordenado sacerdote e enviado para o Convento de São Francisco, em São Paulo, a fim de aperfeiçoar os estudos. Ao  terminar os estudos foi  nomeado pregador, confessor dos leigos e porteiro do convento. Extremamente bondoso e caridoso, cheio do Espírito de Deus, Frei Galvão não media esforços para aliviar os sofrimentos alheios e, por isso, o povo acostumou-se a recorrer a ele em suas necessidades. Em 1774 ele fundou, juntamente com Madre Helena Maria do Espírito Santo,  o Mosteiro Concepcionista de Nossa Senhora da Luz que ficou sob os cuidados das Irmãs Concepcionistas. Contam que, certa vez, um moço que sofria de dores provocadas por cálculos renais, recorreu a ele, pedindo que o livrasse daquele tormento. Ele pegou um pedacinho de papel , escreveu algumas palavras do Ofício de Nossa Senhora, pedindo-lhe sua intercessão junto a Seu Filho, enrolou o papel e mandou que o jovem o engolisse. Este, tão logo  engoliu o canudinho de papel, expeliu os cálculos e recobrou a saúde. Foi esse fato que deu origem às Pílulas de Frei Galvão, que são distribuídas, no Mosteiro da Luz aos  devotos que não se cansam de propalar seus milagres. Frei Galvão morreu aos 84 anos, no dia 23 de dezembro de 1822. Em 25 de outubro de 1998, ele foi declarado beato pelo Papa João Paulo II, após a comprovação da cura de Daniela Cristina, uma menina paulista de 12 anos de idade, que apresentava uma doença grave  e comprovadamente irreversível,  e que esteve presente à sua beatificação, em Roma. Sua sepultura, na capela- mor do Mosteiro da Luz, tem sido alvo de muitas peregrinações. Frei Galvão é o primeiro santo nascido em terras brasileiras. Foi canonizado pelo Papa Bento XVI, em 11 de maio de 2007, em São Paulo.

Hoje  frei Galvão que,  verdade ou lenda, mandou, segundo se conta,  que um rapaz que  sofria de dores atrozes,  “engolisse” a Palavra de Deus como se esta fosse uma pílula,  nos lembra  que a Palavra de Deus  é realmente alimento e remédio eficaz contra todos  os males e enfermidades do mundo. Só quando permitirmos que a Palavra de Deus entre em nosso ser e se faça vida em nós, esse nosso mundo doente de  fome, violência e injustiça, se libertará das mazelas que o atormentam e se transformará num mundo bonito e saudável.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

25 DE OUTUBRO

SANTO ANTÔNIO DE SANT’ANNA GALVÃO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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