São Diogo nasceu em Andaluzia, Espanha, nos primeiros anos do século XV e é um dos santos mais populares, não apenas na Espanha, mas também na América Latina. Filho de pais pobres, ingressou como irmão leigo na Ordem Franciscana de Arizafa onde foi designado para ser o porteiro do convento. Quando alguns missionários foram para as ilhas Canárias, que haviam sido recentemente descobertas, ele os acompanhou. Nas Canárias, apesar de ser apenas irmão leigo, dirigiu durante quatro anos o Convento de Forteventura. Nessa ocasião, ele tomou uma posição muito clara em favor dos indígenas, que eram tratados como escravos. Essa atitude incomodou profundamente os colonizadores que passaram a persegui-lo e tornaram sua vida tão difícil que ele foi obrigado a voltar para a Espanha. No ano jubilar de 1450, ele fez uma peregrinação a Roma,  a fim de participar da canonização de São Bernardino de Sena. Para participar também da celebração,  correram a Roma, quatro mil frades menores franciscanos de todo o mundo. Nessa oportunidade, abateu-se sobre a cidade uma  epidemia tão terrível que o Convento de Ara  Caeli  transformou-se numa verdadeira enfermaria de hospital. São Diogo assumiu então temporariamente a direção do convento, tendo sido incansável no cuidado com os doentes. Passado o perigo, ele voltou para a Espanha. Nesse país viveu sucessivamente nos conventos de Sevilha e Salceda onde era responsável pela portaria e pela cozinha. Depois foi transferido para Alcalá onde passou  o resto de seus dias. De sua vida é muito conhecido o episódio no qual ele, que nunca hesitava em privar-se do próprio pão para dá-lo aos pobres, um dia encontrou a cestinha de pão cheia de rosas. São Diogo morreu no Convento de Alcalá, no dia 12 de novembro de 1463. Foi canonizado em 1588.

Hoje, nesse nosso mundo hipnotizado pelo consumismo,  dominado pelos deuses do Ter, do Prazer e do Poder,  São Diogo nos fala de pobreza, humildade, partilha, generosidade, e solidariedade,  virtudes que  parecem totalmente fora de moda. Mas hoje ele nos fala também, e de modo muito forte, da necessidade de acolhermos os necessitados, de sermos presença solidária junto aos doentes e aos que sofrem,  de partilharmos  o que temos com os que nada têm ou têm menos, de  sermos enfim solidários com todos, e em especial com aqueles que a peste da injustiça  continua condenando à exclusão.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

13 DE NOVEMBRO

SÃO DIOGO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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