Santa Margarida nasceu em 1046, na Hungria, onde seus pais viviam no exílio. Em 1016 seu avô, Edmundo Costela de Ferro, foi assassinado, e Canuto, o rei da Dinamarca subiu ao trono da Inglaterra. Os filhos de Edmundo foram enviados para a Suécia e depois para a Hungria, onde um deles, Eduardo III, se casou com Ágata, que era irmã da rainha e dessa união nasceu Margarida. Após a  morte de Canuto,  Eduardo voltou para a Inglaterra. Somente  portanto aos nove anos de idade Margarida conheceu a pátria. Mas não ficou Inglaterra por muito tempo. Com a morte do pai, e as constantes brigas entre os normandos e dinamarqueses,  Edgardo, irmão de Margarida refugiou-se na Escócia com a mãe e as irmãs. Foram recebidos amavelmente pelo rei Malcolm III, que pediu Margarida em casamento. O rei era um homem de costumes rudes,  não sabia ler nem escrever, mas tinha um bom coração e procurava  ouvir os conselhos de Margarida, que era culta e sábia. Com o consentimento do marido, Margarida mandou construir uma igreja em honra da Santíssima Trindade, resgatou prisioneiros ingleses detidos na Escócia, mandou construir hospedarias para os viajantes, restabeleceu  muitos  costumes católicos  que andavam esquecidos ou deturpados, como por exemplo a comunhão pascal e o descanso aos domingos, e influiu decisivamente para  a Quaresma se iniciasse na quarta feira de cinzas. Suas noites eram muito curtas porque ainda madrugada se levantava para orar. Participava diariamente de mais de uma missa, e tinha um cuidado especial para com os pobres. Todo o dinheiro que possuía ela o dava aos pobres, e quando sua bolsa se esvaziava  ia buscar na bolsa do marido algumas moedas de ouro. Margarida faleceu no dia 16 de novembro de 1093, três dias depois de seu marido e um dos filhos terem morrido na batalha contra Guilherme, o Ruivo. Seu corpo está sepultado na Igreja da Santíssima Trindade.  Santa Margarida  foi canonizada em 1249.

Hoje,  nesse nosso mundo, onde  a desigualdade social, econômica e cultural cria  dificuldades  especialmente para os mais pobres, tornando a caridade e a fraternidade ainda mais urgentes, Santa Margarida da Escócia,  que foi boa rainha porque esteve atenta às necessidades de seu povo, nos recorda  que por menor ou maior que seja o poder que temos em mãos, ele só será digno de ser exercido se for colocado a serviço da justiça, se ajudar o povo a se descobrir como cidadão,  como ser  criado à imagem e semelhança de Deus.

                            

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

16 DE NOVEMBRO

SANTA MARGARIDA DA ESCÓCIA

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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